BELEZA de texto. É disso que eu gosto.
Só uma coisa... a culpa não é só das classes baixas. É das classes
médias/altas. É dos ditos "roqueiros" que ouvem essa música dando risada.
Acham ruim mas OUVEM do mesmo jeito. Consomem a música.
Eu acho esse tipo de música nojento, horrível, de mau gosto, e musicalmente
falando é NULO. E falam que "roqueiro" que é do demônio...
Eu já estou preparado pra dar um tapa na cara da próxima mina que cantar a
música do tapinha pra mim.
----- Original Message -----
From: "MMB Gamer" <blue_flame_at_b...>
To: "canal 3" <canal3_at_yahoogroups.com>
Sent: Friday, March 09, 2001 2:23 AM
Subject: [CANAL 3] (OFF TOPIC) anti-funk ou anti depravação?
Aeh galera do Canal 3... Beleza??
Ahn... esse texto que eu mandei pra vocês não tem NADA a ver com
video-games... mas eu achei ele tão interessante que eu queria compartilhar
com alguém! Recebi via E-Mail de uma amiga minha...
A Bandeirantes vai lançar um programa semanal com duas horas de duração
dedicado ao funk. Isso, claro, até o "Tigrão", a mente por trás do
"movimento funk", ser domesticado, ou seja, botar um terninho e gravar uma
babinha pra novela das oito da Globo.
O "Tigrão", aliás, deu uma elucidativa entrevista pra revista VIP de
Março.
Eu digo elucidativa, pois ele dissipa a nuvem de ignorância (por uma
parte do público) que encobria alguns aspectos do "movimento funk" e dá
motivos para a
análise seguinte:
Vejamos: em determinado trecho da entrevista, o Tigrão diz:
"As pessoas gostam desse erotismo. E se você analisar, as letras nem
são tão pesadas.
Elas têm duplo sentido, até porque o público infantil ouve funk e gosta
muito".
Muitas coisas interessantes nessas sentenças! Então vamos por partes:
"...se você analisar, as letras nem são tão pesadas...".
Eu analisei e ele está certo... Note-se a leveza de termos na letra do
funk "Máquina de
Sexo":
"Máquina de sexo, eu transo igual a um animal/A Chatuba de Mesquita do
bonde do
sexo anal/ Chatuba come cu e depois come xereca/ Ranca cabaço, é o
bonde dos
careca"?
SEM COMENTÄRIOS diante da leveza....
Depois ele afirma: "Elas têm duplo sentido...".
Procurei demais e não achei o duplo sentido no funk "Barraco III":
"Me chama de cachorra, que eu faço au-au/Me chama de gatinha, que eu
faço
miau/Goza na cara, goza na boca/goza onde quiser".
Ah, deixa ver se eu entendi.... ! "Goza na cara" é porque o cara ficava
tirando sarro da
menina pelas costas. Aí ela diz "Goza na cara!". Que coisa... !
Vem mais na entrevista do Tigrão: "...até porque o público infantil
ouve funk".
Eis uma grande verdade e a preocupação do Tigrão se justifica.
Certamente, foi pensando nas crianças que o garoto Jonathan, de 7 anos
(ele mal tem
coordenação motora para reproduzir a coreografia) foi incentivado a
gravar o funk
"Jonathan II", de edificante letra:
"De segunda a sexta, esporro na escola/Sábado e domingo, eu solto pipa
e jogo
bola/Mas eu já
estou crescendo com muita emoção/E eu já vou pegar um filé com
popozão".
Gente !!! 7 anos!!! 7 anos!!!
Então, vamos lá, repetir o discurso de dez em cada dez apresentadores
de programas
femininos e de auditório: todo mundo junto, um, dois, três e já:
"A malícia está na cabeça do adulto, a criança só quer se divertir.
Onde já se viu, se
preocupar com uma coisa dessas. Das crianças que passam fome na rua
ninguém fala
nada...".
Aplausos entusiasmados e urros de apoio, por parte do auditório
alienado.
É bom que se diga que as crianças que passam fome nas ruas são um
sério problema
social, cuja resolução deve ser uma das prioridades máximas de qualquer
governo
(detalhe sem importância: os funks da moda não passam nem perto dessa
questão).
Mas, já que é um problema do governo, a gente não tem nada com isso,
não é
mesmo? Então vamos dar risada e incentivar o moleque de 7 anos (sete
anos!!! ) a
"pegar um filé com popozão".
Isso é que é uma infância saudável ??? Isto é o fim do mundo!!
E pensar que eu perdi tanto tempo assistindo "Sítio do Pica-Pau
Amarelo" e ouvindo
aqueles discos da "Turma do Balão Mágico" e me divertindo com "Vila
Sésamo"!
Ao invés disso, eu podia estar por aí, transando umas cachorras...
Enquanto a gente dá risada, a molecada vai crescendo com a certeza de
que mulher
não passa de uma bunda e um par de peitos siliconados, que gosta de ser
chamada de
cachorra e que acha que só um tapinha não dói.
Se "só um tapinha não dói", o primeiro deveria ser dado no popozão
dos tigrinhos e
cachorrinhas que curtem essas coisas absurdas. Depois a gente não
entende e se
pergunta o motivo do aumento dos índices de violência contra a mulher ,
criminalidade
infantil, etc...
Será que não é óbvio?
Você, cadela...ops... quero dizer, mulher que está lendo isso,
levante-se e lute!
Não seja uma cachorra ou popozuda a mais!
Um tapinha dói, dói sim! E pode doer para sempre!
Exija respeito antes que nós, homens, acreditemos que é isso mesmoque
vocês
querem.
Deponham as Xuxas, Carlas Perez, Feiticeiras, Tiazinhas, Enfermeiras,
Internéticas,
Vampiras, Fernandinhas e Vanessinhas... Pikachus de seus reinados de
miséria
intelectual!
Conto com vocês para dar dignidade as mulheres e salvar esta infeliz
geração de
crianças dos dias atuais!
E lembrem-se sempre da pertinente frase de Oscar Wilde:
" Todo crime é vulgar, assim como toda vulgaridade é criminosa "
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Recebida em Thu 08 Mar 2001 - 21:35:38 BRT