> Ok, dou um desconto pro DOS...
Até porque ele era cópia do CP/M, então... ;-)
Ó, uma opinião minha sobre programação em computadores clássicos e
afins.
Eu acho que antigamente, o pessoal fazia computadores pensando
justamente que o usuário dele iria realmente programar o mesmo; haja
visto que quase todos os micros clássicos vinham com BASIC "de
fábrica", vc ligava e saía programando. eu particularmente já não dou
desconto pro DOS não, porque o PC já vinha com um conceito diferente,
de computador para usuário idiota e não para programação... com o
Windows então, nem se fala. A MS não se digna a colocar mais nada,
nem QuickBasic (bleargh), nenhuma ferramenta de programação nos seus
Win9x pra frente. E, com os micros clássicos, vc de uma certa forma
era "compelido" a programar, porque era uma dificuldade pra arranjar
programas pra eles; então, vc acabava comprando o computador e, bem
ou mal, aprendia a programar na raça porque era a coisa mais
interessante a se fazer com um computador. Isso era até incentivado
pelos fabricantes, dado que eram fornecidos manuais de BASIC junto
com os do micro.
Hoje em dia, não é interessante programar; o moleque compra um micro
(que não vem com nenhuma ferramente de programação), vai na banca da
esquina e compra 20 CDs com um monte de jogos; que moleque em sã
consciência vai trocar ação contínua que custou R$10 por ir comprar
softwares de programação (já que eles não são fornecidos mais de
graça, muito pelo contrário, como são "profissionais" são caros pra
cacete), mais o custo dos livros, mais o trabalho pra aprender, pra
escrever "hello world!" na tela?
O que me preocupa é que estas são as gerações futuras da informática;
sei lá, ver um monte de molecada só jogando e dizendo que programa em
HTML (???) não me agrada em nada. Talvez este fosse o destino
inevitável da informática (afinal de contas, a maioria do pessoal que
dirige não sabe como funciona um carro por dentro), mas que os tempos
antigos eram mais românticos, ah isso eram.
Olha, eu sei que "Linux" é meio polêmico aqui na lista, mas quem tem
a mente aberta a novas filosofias de informática, dá uma olhada nos
textos do Sr. Richard M. Stallman, em www.fsf.org. Quem sabe o futuro
não seja o software livro mesmo (tomara!)?
Um abraço!
Recebida em Thu 26 Jul 2001 - 06:05:14 BRT