Complementando a resposta do Pablo,
>1. Como é feito a "masterização" da fita, digo, a cópia dos dados binários
>do jogo para o K7?
...
Na época eu creio que havia um circuito especialmente para esse fim. Não
existiam, ainda, computadores com capacidade para digitalização do som com
qualidade.
Basicamente funciona assim:
Os dados do cartucho são enviados bit-a-bit. Cada bit pode assumir "1" ou"0"
como cada byte tem 8 bits o "aparelho" tinha que ler um byte da EPROM e is
deslocando ele bit por bit.
O som produzido tem que seguir um padrão, para que o Supercharger possa ler
de volta. Assim eram estipuladas 2 frequencias, uma alta outra baixa. Se o
bit fosse "1" era emitida a frequencia alta, se o bit fosse o "0" era
emitida a frequencia baixa. Obviamente cada emissão de som tinha uma
duração curta e exatamente igual para todos os bits. E isso era feito
rapidamente, com todos os bits da memória. Por isso o som tem aquela
característica "maluca" parecendo um monte de chiados. Mas não são não... :-D
>2. Posso copiar de uma fita para outra usando o aparelho de som?
...
Pode.
>3. Poderia usar um dump, uma rom e criar minha própria fita master?
...
Pode sim, desde que vc tenha um aparelho que perfaça as funções que eu
expliquei acima ou, hoje em dia, que se tenha um software para tal. Existe
um para o supercharger que faz isso, é o PlayBin. O Taper e o HypraLoader
para o ZX Spectrum realizam trabalho semelhante.
>4. Como o supercharger transforma os sinais vindos da fita em binário para
>que o videogame possa interpretar? É alguma forma de memória ram (ok, meio
>imbecil essa pergunta. Mas, talvez, ainda válida)
...
Simples, o Supercharger faz o "trabalho inverso" do que foi feito quando
foi gerado o som. Ele tem um filtro de frequencias que separa as
frequencias altas das baixas; detectando-se uma frequencia alta o bit é 1,
a baixa o bit é 0. Ele vai decodificando e deslocando os bits até formar um
byte. Quando forma um byte esse e jogado na memória e parte para o próximo
conjunto de 8 bits. Claro, como vc adivinhou, no Supercharger existe
memoria RAM, os bytes vão sendo armazenados ai. Claro que ele também tem
uma EPROM, a qual contém o software necessário para realizar a leitura e
decodificação dos bytes. Mas após carregada a memória RAM o "firmware" do
supercharger desabilita ele próprio e salta para o começo da RAM
executando, portanto, o programa que foi carregado.
Espero ter elucidado a questão !!!
[]'s
Eduardo Luccas
---------------------------------------------
elucas_at_s... - eduardo_at_a...
---------------------------------------------
VIDEOGAMES E MICROS CLÁSSICOS
Atari 2600 - Odyssey
Intellivision - Colecovision
Apple II - TK/ZX Spectrum - MSX
---------------------------------------------
Evite as drogas - use sempre um Macintosh
---------------------------------------------
Recebida em Tue 02 Apr 2002 - 05:45:38 BRT