Senhores...
Desculpem o Off, mas é só pra dar meus R$0,02 neste assunto de
epilepsias fotossensíveis...
> O problema não é a mistura de cores, mas sim o efeito estroboscópico
> (luz piscando muito rapidamente). O problema do Pokemon é que esse
Exatamente, Murilo...
Só pra explicar o "conceito" de epilepsia: O que ocorre na maior parte
das crises do tipo "grand mal" (aquela com convulsões - existem diversos
outros tipos de epilepsias) é que uma área qualquer do cérebro passa a
enviar impulsos elétricos rítmicos e independentes: Como se fosse um pequeno
relógio disparando impulsos elétricos. Este é o chamado "foco epilético".
Nas crises do tipo "grand mal" o que ocorre é que este impulso nervoso,
devido a alta condutividade elétrica do cérebro, se espalha por todo o
tecido cerebral, inclusive as áreas que controlam os movimentos - daí as
convulsões, chamadas de "convulsões tônico-clônicas" (pois o músculo se
contrai e se relaxa diversas vezes seguidas). O resto dos sintomas vem da
sobrecarga elétrica difusa tb.
Nas fotossensíveis, o mecanismo proposto mais provável é bastante
interessante: Cada vez que a luz bate na retina (a parte do olho que
efetivamente "enxerga"), a retina envia um impulso elétrico pelo nervo
ótico que cruza todo o cérebro até chegar na parte de trás dele (região
occipital). Se a pessoa está submetida a vários pulsos de luz, rápidos e
rítmicos, a retina gera vários pulsos elétricos rítmicos - ou seja, age como
foco.
Bastante interessante... :-D
> Muriloq (que fica imaginando se não dá pra fazer uma arma não-letal
> usando um holofote ou um laser piscando no rosto da vítima)
Os americanos estão fazendo testes com um fuzil LASER, que dispara uma
luz forte o suficiente para cegar o adversário por um longo tempo. Serve?
:-(
Abraços,
Lazzeri
P.S.: De novo, desculpem pelo Off...
Recebida em Thu 17 Oct 2002 - 09:47:38 BRT