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"DESINTEGRANDO" A ULA DO TK - A BORDA DA TELA

De: J Braga <brg_at_o...>
Data: Mon, 9 Oct 2000 23:37:41 -0300

Mr. EDUARDO LUCCAS:

> Eu não tenho o referido livro mas em compensação eu tenho o manual de
> manutenção do Apple II (um "livrinho" de mais de 300 páginas... :-D),
> o qual aliás está a disposição para quem quiser cópias.

É um que tem uma maçã dentro de um gabinete de Apple?

> Porém o TK tem algumas "nuances" que o Apple não tem. Por exemplo: a
> borda (BORDER).

Para efeito de geração de imagem na tela da TV, os dois cct são
incrivelmente semelhantes. Na internet tem um livro para download, o "TS
2068 TECHNICAL MANUAL". Dê uma lida na página 42 desse manual. Em seguida
compare com o cct do Apple. Você verá que ambos geram 262 linhas horizontais
de TV, que ambos apresentam 192 linhas de área util na tela e que ambos não
usam 70 linhas. Ou melhor, o TS 2068 (clone do Spectrum 48K) usa nas bordas.
Depois tentaremos descobrir mais detalhes de como essas 70 linhas são
distribuídas pelas bordas "top", "bottom" e para o tempo de retraço
vertical.

>A borda do TK parece ser uma "entidade" completamente
> diferente e independente do resto da tela. Ela está intimamente
> ligada com a mesma porta que controla o K7 (corrija-me se estiver
> errado), creio que é a 254 (FEh) além, como todos sabem, ter
> parametros INK, PAPER, INVERSE e FLASH "independentes".

Você tem razão. Dentro da ULA há um registro para receber o byte de
atributo de cada byte de dado. Veremos que os bits "1" do byte de dados
chavearão o registro de atributos para apresentarem os três bits de INK, e
os bits "0" do byte de dados farão o mesmo só que o registro apresentará nas
saidas os três bits de PAPER. Depois de analisarmos o cct gerador de
endereços de vídeo, veremos melhor o funcionamento da borda.

>Curiosamente
> em BASIC somente conseguimos "plotar" 176 pixels, faltando justamente
> as "famosas" 2 linhas de caracteres (16 pixels) da parte "de baixo".

As duas linhas finais de caracteres (8 linhas de TV cada) da tela são
restritas para o acesso do basic. É uma restrição de software. Via linguagém
de máquina o acesso é possível. Essas duas linhas de caracteres são uma
construção do software e não do hardware de geração de endereços de video.

> Essa "misturada" toda que me confunde um pouco... preciso entender um
> pouco mais como funciona...

O mais difícil de entender é a finalidade da divisão ternária da tela. E
aí sim, veremos que o hardware é o suporte principal dessa característica
intrincada do TK. Mas com calma ... (obs: ainda estou tentando entender
:>(()

> Mais uma vez, sempre que começamos a analisar o hardware do
> Spectrum/TK fica evidente a genialidade do "tio" Clive...

Na minha opnião, devemos analisar o hardware do TK tentando entender
quais critérios o "tio" Clive teria adotado. Por exemplo, será que ele
queria um micro barato, acessível ao povão? que uso foi projetado para ele?
jogos, iniciação à informática? teria que ter cores? que resolução? e o
projeto, seguiria o modelo acadêmico ou se permitiria soluções hetorodoxas?

> Poderíamos convidá-lo a ser membro do nosso clube, o que acham ???
> :-))

É uma boa idéia!

Jorge Braga

P.S.: Depois que der uma reciclada nos cct de geração de endereços de vídeo
do Apple e do TK, me vise.
Recebida em Mon 09 Oct 2000 - 20:42:24 BRST

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