> BTW, algumas informações interessante sobre o 7800 que eu andei
vendo por
> ai: o chip gráfico dele, o Maria (eu acho um barato essa de dar
nomes de
> mulheres para os chips... :-D) precisa de um código criptografado
em 960
> bits para ser habilitado; senão ele só funciona no modo 2600. Esse
código
> era proprietário da Atari, algo assim... E, segundo alguns Atari-fãs
> americanos, alguns (poucos) jogos do 2600 não funcionam no 7800.
> Sabem de algo ???
Por sinal, Maria era o "nome de trabalho" do 7800 em época de
desenvolvimento... assim como Stella foi do 2600. Depois eles mudaram
o nome para Atari 3600 e, finalmente, 7800.
Sim! Tem criptografia mesmo. Na verdade, ela serve para ativar o
Maria... isso porque a Atari não queria que acontecesse o mesmo que
ocorreu com o 2600, que é softhouses não licenciadas produzindo jogos
para o console; então, o cartucho tinha que conter a chave (secreta),
senão o Maria não ativava e o console agia como um mero 2600.
O engraçado é que a chave de 960 bits era proibida para exportação
pelo governo americano (ainda é; o máximo que eles liberam é 128
bits, e só para instituições financeiras) e, por isto, os 7800
europeus NÃO tem criptografia...provavelmente, se a Polyvox tivesse
produzido ele, também não teríamos chave por aqui.
Só uma coisa: os emuladores obviamente conseguem emular o Maria e nem
ligam se o cartucho teria a chave digital ou não. Mas, se você for
fazer um cartucho "homebrewn", para depois queimar a ROM em um
cartucho e testar num 7800 real americana, pode esquecer... até hoje,
não se conhece um modo de gerar chaves válidas a partir de novos
cartuchos.
Quanto aos cartuchos incompatíveis... ninguém sabe porque, mas os
7800s fabricados até 1984 são totalmente compatíveis com o 2600; os
fabricados depois (que são a maioria), podem ser incompatíveis com os
cartuchos Robot Tank, Decathlon, Space Shuttle, Time Pilot, Kool-Aid
Man e com o Supercharger.
Abração!
Recebida em Wed 14 Mar 2001 - 06:46:23 BRT