Uma coisa dita é verdade... Hoje em dia, não dá nem tempo de você se
"acostumar" com o videogame direito, que já lança outro... Lembrem nos
nossos velhos e bons tempos... Quem, que jogou Atari na sua infância, o
jogou por muito tempo... Pelo menos por uns 5 anos aproximadamente, até que
lançasse o Master System ou o Nintendinho...
E outra: o pessoal tem explorado muito pouco os recursos que os videogames
oferecem. Meus amigos, parem para pensar: se conseguiam fazer um Atari falar
(Berzerk Voice Enhanced e outros), sem contar aquele módulo de voz para o
Odyssey, os videogames de hoje em dia não são nada.
Olhem para o Vectrex. Não precisa falar nada né!? Para em 1981 conseguirem
lançar um videogame com aquela capacidade, hoje em dia era pra ter videogame
holográfico e o caral** a quatro.
Hehe acho q ja escrevi demais.
[]'s
André.
----- Original Message -----
From: "George Gaspari" <georgegaspari_at_h...>
To: "canal3" <canal3_at_y...>
Sent: Sunday, September 15, 2002 8:17 PM
Subject: [CANAL 3] Pequeno protesto (ou: porque eu não vou deixar de ser um
oldgamer)
Caras, estava dando um browsing pelas L. Americanas e Submarino, e me
espanto ao ver o preço de jogos de [off] XBox(ta) e PS2... Sinceramente...
DUZENTOS E QUARENTA REAIS por uma "fita" ops game é dose pra leão.
Com R$240 eu compro (No ML!) Um Sega CD + Mega Drive + uma penca de games,
ou um Saturn mais um monte de jogos originais, ou um 3DO, ou SEIS telejogos
Philco, ou um MSX 2!
O interessante é que alguns jogos são disponíveis para PC. Vamos lembrar o
XBox: processador Celeron-733 mais um chip gráfico NVIDIA. Pois bem, eu
tenho um Duron 950 mais uma GeForce2. Essencialmente, Max Payne é igual nos
dois sistemas. Só que no PC, original, eu compro por 49,90 (quase UM QUINTO
do preço).
O MESMO JOGO.
O MESMO CÓDIGO-FONTE (com algumas diferenças básicas).
400% de aumento.
No meu tempo (leia-se Atari-Master System-Mega Drive), as coisas não eram
bem assim. Tá certo que a gente sempre reclamou do preço dos jogos, mas eles
custavam o equivalente hoje a em torno de 100 reais (ou 30 dólares). Ainda
há cartuchos de GB por esse preço, mas é um sistema que já está indo pra o
museu. Por sinal, GB é on e GBC é off, ou os dois já são permitidos nessa
lista?
Outra coisa... a mentalidade das game houses de hoje está completamente
errada. Eles estão centralizando tudo, só um distribuidor, um produtor de
consoles... A melhor iniciativa dos últimos tempos foi a do 3DO, que acabou
indo por água abaixo pela força da toda-poderosa Sony. Mas recordamos: O VHS
está morto? A Sony, do alto de seu império, anunciou há pouco o fim da
produção de fitas e aparelhos em Betamax. Será que, se a JVC centralizasse o
VHS, seria de outra forma? Todos sabemos que o Beta é superior, mas o que
"pegou", o que se *difundiu* foi o VHS.
A mesma mentalidade DEVERIA ser aplicada no mercado de games, principalmente
agora que eles estão visando o público "adulto". Uma criança não se importa
em trocar de videogame todo ano (muito pelo contrário hehehe), mas um adulto
que TRABALHA pra pagar suas contas enche o saco de comprar tranqueira que
daqui a 2 meses está sendo abandonado em função do PlayStation Five.
Outras iniciativas que não deram certo: LaserDisc, VideoCD (na época, agora
está "pegando carona" na onda do DVD). Porque será? Um dos motivos, com
certeza: ESCASSEZ de títulos e PREÇO. Ficaram com uns poucos videófilos.
Não é à toa que a SEGA parou completamente de fabricar consoles. Se eles
licenciassem o DC pra outras empresas (ops, não conta a TECTOY hehehe)
poderiam continuar a suportar o console, que é maravilhoso, aliás como todo
projeto da SEGA. Que os Nintendistas de plantão não me escutem, mas
tecnicamente TODOS os consoles da SEGA eram superiores. O SMS dava pau
SEGURO no NES em número de cores e som, o Mega Drive, mesmo vindo antes do
Super NES era mais rápido e mais expansível, e o Game Gear, coitado do GB
Classic! Nem se fala. Agora, onde eles deveriam ter acertado é na
distribuição, nos acordos de licenciamento. Não adianta nada ter uma máquina
chique e poderosa e não ter o que fazer com ela. Por isso, dos 3 consoles
acima, com cerveja o mais bem-sucedido foi o Mega Drive, que -acredito- foi
o melhor console do seu tempo, e quem sabe de todos os tempos.
A SEGA insistiu nos erros. Matou o Mega Drive, não aprendeu e lançou o
Saturn, de 32 bits, numa época em que todo mundo prometia mais (a nintendo
com o Ultra 64, a 3DO company com sua máquina brutal) e o PlayStation já
estava se estabelecendo como a melhor plataforma de CD já lançada, mesmo em
meio a acusações de sabotagem proposital (a Sony usava canhões de laser
"sujos" de propósito para que o aparelho quebrassem em 6 meses de uso).
Pois bem, depois do natimorto Saturn, veio o maravilhoso DreamCast. A
"máquina dos sonhos" era algo impensado na época: enquanto a Sony insistia
no PS e reciclava-o com o PSOne, a Nintendo insistia nos jogos em cartuchos,
caros e limitados em memória, veio o golpe: uma máquina de 128 bits, rodando
Windows CE, com CDs com capacidade de 1 gigabyte. Era muito mais do que
qualquer coisa já lançada.
Só que a Sega falhou em conquistar os usuários. Dessa vez, ela estava
realmente queimada. Não conseguiu deslanchar, apesar de ter feito tudo
certo: conseguiu licenças, softhouses adoraram e se apaixonaram pela
máquina, vendeu pra chuchu mas, por ter errado mais do que podia, não
suportou e encerrou a produção de hardware. Hoje, faz jogos até pra Nintendo
(cheque o babativo e bronhativo Beach Spikers pra [mega off]GameCube[/mega
off]). Dez anos atrás, na época do Sonic 2, quem falasse isso seria
internado em um manicômio.
Pois essa "breve história da Sega" tem a ver com o quê, finalmente?
Simples. Esses VGs novos devem gorar em breve. Provavelmente vai sobrar
apenas um deles, e eu não duvido que seja o PS2.
Porque, se nós admiramos os videogames antigos, é porque eles tiveram seus
méritos. Muitas vezes, não importa muito o número de pixels na tela nem a
quantidade de canais de som. River Raid ainda é super divertido. E vai ser,
nos seus míseros 4k de jogo. Adventure vai continuar a ser uma referência
pras gerações futuras. Sonic e Mario ainda vão ser tidos como inimigos
mortais, mesmo que os dois apareçam no mesmo console hoje (tanto GBA quanto
GC). E os dois são mais conhecidos que Mickey Mouse.
E as game companys de hoje acreditam que o mercado de VGs é como o de
computador, que a gente vai ficar fazendo upgrade todo santo mês, gastando
os tubos em jogos que são cada vez mais caros. Só que essa lógica está
confusa. Hoje, o mercado está mais para o de DVD, em que queremos consoles
mais baratos (na faixa de 500-600 reais) e títulos abundantes e com preço
justo (algo entre 30 e 50 reais).
Como fazer isso? Massificando. Microsoft, Nintendo, Sony: Façam como o DVD
Consortium! Licenciem a tecnologia. Aumentem a base de usuários. Do
contrário, fica uma queda de braço entre os usuários e as empresas. Os
usuários se revoltam, não compram ou compram o jogo pirata, a empresa se
revolta, sobe os preços, coloca medidas anti-pirataria nos consoles e games
(subindo mais ainda os preços), os usuários hackeiam e os chineses cobram
$$$ pra desfazer o mecanismo anti-pirataria e nunca mais a gente termina de
brigar.
Ou melhor:
A gente enche o saco, pega o Atari guardado no fundo do baú e vai jogar
Pitfall que é melhor e mais relaxante.
George.Aproveite melhor a Web. Faça o download GRÁTIS do MSN Explorer :
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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Recebida em Sun 15 Sep 2002 - 17:06:15 BRT