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Pessoal, ha' algum tempo alguns vem me pedindo p/ contar as
historias q eu conheco do MSX no Brasil, etc., e mostrando uma explicacao
razoavel pq tem tanta gente q n consegue ouvir a mencao dessas 3 letrinhas
nos ouvidos s/ gritar de raiva. Como usuario no Rio de Janeiro e curioso por
natureza, conversei c/ muita gente, perguntei muita coisa, fiz boas amizades
(umas perduram ate' hj), e ouvi e li muita coisa, muita mesmo. Resumindo
tudo, juntando e escrevendo, espero q esse texto seja um bom testemunho do q
foi o MSX no Rio de Janeiro (o "tambor" do pais) e q algumas duvidas sejam
sanadas.
Agradeco pelos comentarios ironicos de 'museu vivo do MSX',
dinossauro MSXzeiro, mumia asteca, etc., e tal. E o pior e' q quem me chama
assim, e' + velho do q eu! Vai entender... Bem, falando serio, eu decidi
contar essas historias em doses homeopaticas, e sempre q eu estiver a fim,
conto outra. N tenho nenhum compromisso cronologico, vou citar o ano q
aconteceu, na medida em q a poeira vai saindo dos arquivos da minha memoria
e vou transformando em toques num teclado por ai'. Maiores duvidas e
referencias, eu passo no final do arquivo.
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| Arquivo no. 001|
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--- A Microsistemas, a "1a. revista brasileira de microcomputadores",
na verdade era feita nos moldes de uma revista francesa + antiga, a
Microsystemes. Numa edicao no inicio de 1984, pela 1a. vez se mencionava o
MSX nas paginas da MS. A analise era feita pelo Renato Degiovani, na epoca
colaborador da MS (a editora era a Alda Campos, q migrou p/ o Unix e outros
sistemas abertos posteriormente), e ele elogiava muito aquele computador,
dizendo q ele seria uma revolucao. Era um computador fabricado por 20 e
tantas empresas, trazia uns esquemas de conexao (o q vc podia ligar no seu
micro), um resumo breve do MSX-Basic (feito pela M$), etc.
Em 1985, c/ o lancamento oficial do MSX no Brasil, a MS fez varias
materias sobre o MSX. Umas, inclusive, traziam fotos q eu nunca + vi em
outro lugar, como o expansor grafico da Sanyo (o seu MSX 1 ficava c/ uma
qualidade grafica proxima do MSX 2 - n eram compativeis), um jogo em LD (a
cena me lembrava a invasao da 2a. Estrela da Morte, em "O Retorno de Jedi" -
q antes era "A Vinganca do Jedi", mas isso n vem ao caso...), e um MSX da
Pioneer, branco, c/ um LD-player sobre o seu gabinete. Como ja' citaram na
MSXBR-L, ele tinha algumas teclas adicionais no teclado, p/ controlar o
genlock.
Entao, a Sharp do Brasil (grupo Machline) e a Gradiente resolveram
fabricar o MSX aqui na 'terra brasilis', p/ serem lancados no Natal de 1985.
Surgia a MSX Micro, uma revista da Fonte Editorial (acho q era a unica
publicacao daquela editora) e q era discretamente empurrada pela Gradiente.
A CPU surgiu BEM depois, por iniciativa da Aguia Informatica (Goncalo Murteira).
Tudo estava muito bom e muito bem p/ o lancamento desse novo padrao
de micros no mercado brasileiro. E la' vinha ele, q tomou conta do mercado
(o q inclusive me incomodou, pois vi o Spectrum morrer no Brasil, o Apple ][
agonizar e outros serem definitivamente sepultados) e vendeu + de 300.000
micros no Brasil, fora as exportacoes. O Uruguai comprou muitos MSXs da
Gradiente, c/ uma diferenca: Os Experts q iam p/ o Uruguai tinham o cartucho
de LOGO embutido internamente. Provavelmente c/ um CALL maluco vc mudava p/
o LOGO.
Fico por aqui. Depois eu continuo.
Referencias:
- MicroSistemas dos anos de 1984 (se n me engano, marco) e 1985
(agosto em diante).
- MSX Micro no. 1
- Minha (boa) memoria, dos comerciais de TV (qual era mesmo o 1o.
comercial? N e' aquele q dizia q "o mundo e' dos Experts", esse eu lembro).
Fim do arquivo.
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Ricardo Jurczyk Pinheiro
Recebida em Tue 21 Dec 1999 - 17:31:18 BRST